domingo, 12 de agosto de 2012

Balaio de gatos e ratos Zé Pí Depois de observar atento, os arranjos politiqueiros da conveniência, conclui que no Brasil nunca existiu e nunca existirá ideologia e nem pragmatismo.Isto porque ideologia supõe ideias de transformações a longo prazo, via esclarecimento dos cidadãos o que quer dizer educação que é totalmente diferente de escolaridade. O pragmatismo, entendo como recursos e flexibilizações em nome do conjunto da sociedade ou democraticamente, maioria dos componentes de seus extratos para se chegar a objetivos, de interesse social. No meu Brasil varonil, neca de catibiribas! É cada um defendendo a farinha, digo grana, do seu pirão, ou a panela toda com o pirão. -Zé doidão, aonde você quer chegar? -Tá bão, explico. Delfin Neto que mandou os nordestinos comer capim é consultor petista! -Collor, quem diria... Teve que engolir o governo paralelo do PT derrotado e saiu antes da gororoba chegar ao estômago, hoje é cumprimentado pela presidenta Dilma. E acreditem... Senhoras e Senhores! -Lula, aquele ex-barbudo de Santo André e assembleia de 120 mil metalúrgicos no estadinho de Vila Euclides... Nove dedos apertando as mãos de Maluf, companheiros! Agora vou falar diretamente do Leblon e daquele cara que está encoberto pela a mortalha do avô. O cara quer ser Presidente! A maior obra desse cidadão quando deputado federal foi inventar a verba indenizatória para sua turma e como governador endividar Minas com obra megalomaníaca e superfaturada. O balaio da próxima eleição Paroquial em Belô e interior está cheio de gatos, ratos e outros parasitas oportunistas que sempre encontrarão diante das urnas um eleitor de olhos anêmicos e indefeso; incapaz de lembrar-se do trânsito horrível, da insegurança de sua rua, explosão de caixa eletrônico, saidinha de banco, da péssima qualidade do ensino e que antes ou depois das eleições poderá morrer na fila das UPAs ou do SUS. Eleitor vá lá...Vota neles e depois! Acenda a Churrasqueira e abra a latinha de cerveja após a liturgia do seu voto!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Corruptos de lá e corruptos de cá?


CORRUPTOS DE LÁ E CORRUPTOS DE CÁ?
                                                        Zé Pí
Eu também sou corrupto!
Não desviei dinheiro do povo.
Mas joguei lixo pela janela do carro!
Não trafiquei minha influência no exercício do cargo.
Mas votei mal e o meu candidato eleito rouba!
Não neguei Cristo por três vezes.
Mas fiquei com o troco da moeda que era de Cesar!
Não roubei os fundos do INSS.
Mas colei nas provas da minha escola!
Não levei wisky para nenhum parlamentar.
Mas flagrado, dei uma propina ao policial!
Não vesti a mortalha do meu digno avô.
Mas comprei diploma para minha promoção no emprego!
Não compareci à “Assembléia dos Ratos” (Esopo).
Mas assinei o ponto no dia seguinte!
Nunca fugi das minhas responsabilidades.
Mas votei nos inimigos da educação!
Não acusei ninguém levianamente.
Mas rasurei assinatura da minha mãe!
Não sou jornalista só da desgraça.
Mas aceito a mordaça paga por quem estiver no poder!
Eu sei onde estão os corruptos.
Mas acho que tenho argueiro  nos olhos!...


terça-feira, 17 de abril de 2012

Trilha da imbecilidade

TRILHA DA IMBECILIDADE                                                                                                                                                             Por Zé Pí

Minas é um dos estados mais populosos do Brasil e “Minas são muitas.”
Mesmo entendendo bem a diversidade geo antropológica do meu Estado, não me passa despercebido os milhões de mineiros que são por conveniência imbecis ou naturalmente imbecis; de título de eleitor nas mãos, mas longe do cérebro cidadão, atentos muito mais às cervejas e churrasco do feriado, do que às urnas que determinarão os seus destinos.
Da contagem dos votos ao quase determinismo de morrer na fila do SUS ou atingido por uma bala perdida ou a ele dirigida, a distancia é microscópica considerada a importância de suas livres escolhas.
Não se sabe se cônscio do seu ato de votar ou não talvez revele a sua preferência por uma ditadura explicita de uma delegação de poder pelo voto manipulado por espertalhões.
As elites do saber político ou oportunistas de plantão sabem desse comportamento de imbecil e dele se valem mandatos após mandatos a se perpetuarem do Oiapoque ao Chuí.
Esses egoístas, solidários nem no câncer, somente quando seu ato mecânico e obrigatório de votar lhes dói no lombo, é que acordam e aí, Inês sepultada, repentinamente o seu cérebro letárgico em civismo reage e o faz abrir a boca, berrar montanha acima e montanha abaixo que todos da classe política são ladrões e incompetentes, mas, só a partir daí é que despertam e se transformam em Aristóteles, Césares e Maquiavéis.
Nas próximas eleições haverá votos livres e encabrestados, pelos mesmos laçadores de sempre; do lacerdismo carioca à imprensa do aércismo das gerais, já de há muito se faz notar; dos microfones da Serra do Curral aos esgotos do Congresso, como se o tal pretendente do Leblon pudesse se despir da mortalha empoeirada do digno avô e andar altaneiro e reto rumo ao palácio da Alvorada, incólume como indicam os bons exemplos dessas montanhas do alferes.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Jogo inteligente do CFC

            Se a Sexta Economia do Mundo Capitalista é o Brasil, ela é movida pelo jogo do consumo. Façamos então o jogo inteligente e saudoso, digo saudável.
Saudável para o seu bolso, cabeção e cabeçonas!
Jogo que não te irrite, deprima ou enlouqueça com a poluição de cartões e boletos, jogados no seu campo de jogo. Vale ficar louco, sim, pelo jogo do seu time. Desculpe, já ia me esquecendo, se gostar, inclua as mulheres, cervejas e mentiras nessas loucuras! Cartão amarelo na sogra traíra...Calaaada!
Não leve a sério os comentários de “economistas e comentaristas de  de futebol”. Os primeiros na grande maioria, chutam mal nos índices econômicos de suas previsões e outros nunca jogaram futebol e dizem cada uma...E então: Cala a boca Fulanão!
            No jogo do consumo, contra ou a favor da economia, observe com cuidado o mando de campo digo mercado, o que pode tornar o jogo mais ou menos sutil. Se você quer jogar na frente, olha a linha de impedimento antes de partir para o ataque  pra cima das ofertas!
            Procure entrar em campo como se já estivesse com um cartão amarelo, se pegar pesado, as taxas de juro te expulsam do campo.
Diante de uma vitrini sedutora não tenha vergonha de recuar, tocar para a linha de fundo e aguardar a melhor oportunidade. Sem falar que ao pisar na bola dos vencimentos, poderá ser vaiado e dedado no SERASA e SPC, mas se achar a punição exagerada não faça gesto obsceno. VÁ ao PROCON e até recorra ao SUPREMO. Tem uma história do garrincha, expulso em 62 lá no Chile  e no jogo seguinte lá estava jogando tranqüilo driblando mais um João!
Gosto do jogo inteligente do Saldanha no CFC! Assusta não, significa Consumo Futebol Clube que não faz buracos na sua camada de ozônio da sua CC ou poupança.
Os melhores momentos você escolhe:
 Liquidação na área! Você chega cedo, na frente, tal Claudio Gentile em 82 que comprou todas as ofertas e não deixou o galinho jogar e ainda rasgou a Amarelinha! Já campeões e para não perder clientes, os italianos nomearam Falcão Rei de Roma.
Milhagens? Êbaaaa, Olha o Tostão metendo o cotovelo na cara do Rivotril. Você sai voando igual ao Furacão de 70 contra os Tchecos.
Bônus? Evite os chutes por trás; as compras online e apartamento na planta até hoje fazem o jogo desonesto.
Mostre desinteresse por um produto e repentinamente lasque um contra ataque rápido, caneta entre as pernas do juro e quase à vista do gol, exija um bom desconto. Faça uma barreira com toda sua família e amigos na proteção do seu bolso. Um bom gerente cai sentado, refaz as contas e te estende a mão.
Você sai para o abraço.
O técnico do outro time vai mudar de tática “a gente erramos nisso daí e aí vamos levantar a cabeça o time está num crescente”. Você pega uma nota de grama, digo grana, sem cartão e passa o Natal e Ano Novo de carrão, zeradão, cheirozão e tancão  flex cheio.
-Foi um prazer negociar com vocês.
Quer mais? Vá jogar contra o IBIS!
            Tendo essa inteligência no jogo do consumo, olha você na cara do Oliver Kan, igual ao cascão, pentacampeão do mundo em economia e consumo, contribuindo para a produção e o emprego em todos os níveis; como nunca na história desse país;  assim ensinava certo Peão  ex-Presidente, Corintiano Louco e dos Bão, meu!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Carneirinho

O carneirinho                                

                       
                              
Junta-se ou sendo sincero, juntava-se a moçada da vizinhança, menina e menino, normalmente á tardinha depois da escola, pois não havia três turnos, e ficávamos lado a lado, de mãos dadas, formando uma cerca atravessada na rua e, um voluntário, ou voluntária, uns dez passos á frente, era o carneirinho.
A brincadeira tinha as seguintes regras:
 Oferecíamos guloseimas, coisas de comer que o carneirinho gostava e pulava para frente e quando não gostava, pulava com raiva, para trás e assim aproximava ou se afastava da cerca que se fechava assim que o bobinho não tinha mais chance de voltar.Começava assim: 
        -Carneirinho quer doce de leite?
        -Quééé.
        -Carneirinho quer goiabada?
        -Quéééé. Quéééé
        -Carneirinho quer jiló com pimenta?
        -Nééém.
        Pois é, já ia me esquecendo de dizer que na cerca havia simpatizantes ou não do carneirinho, daí o cardápio oferecido variava e muito.
        Mas, uma vez preso, o carneirinho tentava sair, mas era da regra não passar por baixo, nem saltar por cima; o certo era arrebentar a cerca. O carneirinho escolhia sempre onde ela parecia fraca, formada por braços e mãos de meninas com meninas e, uma vez livre, desembestava a correr e negacear para não ser pego, mas sempre era agarrado e quem o agarrasse era o próximo carneirinho.
        Quando a vez de ser carneiro caia para uma criança ela era agarrada muito rápido; menino ou menina grandes dava uma canseira arrebentar a cerca, ou correr e agarrar o carneirão. Compreensivos, os adultos, pai, mãe, tio, tia, brincavam com a gente e era comum, deixavam arrebentar a cerca ou serem agarrados mais facilmente pelas crianças.
        Os avós, no ocaso das forças físicas, ou por vergonha de velho, aplaudiam os netos e faziam observações rigorosas aos filhos:
-Esse fulano, ou fulana, parece que não cresce no miolo, só tem tamanho.
Ìamos dormir cansados, mas, famílias felizes, tendo sempre rezado o Santo Anjo do Senhor, dado e ganhado um beijo de boa noite.


sábado, 11 de fevereiro de 2012

Doidão Zé!

Pois é,
tem gente muito curiosa que não pode ver uma fila e chega sapeando, perguntando e acaba entrando e entrando bem:
Um cara até muito bem vestido estava com o ouvido colado num muro onde estava colado um cartaz de teatro "Gaiola das loucas". Pedia insistentemente que os presentes na fila ou não fizessem silencio e voltava a colocar a orelha no muro.A turma de curiosos pedia a vez e ele monopolizava o buraco no muro.
Depois de muito tempo acabou concordando em dar a vez.O sortudo digo abelhudo, pregou a orelha na muro e concentrou atenção para ouvir algo o que não ocorreu. Pediu silencio e depois de tanto tentar desistiu e reclamou do cara que lhe cedera a vez:
Ô meu, tô ouvindo nada, pô! E o cara diz:
Tá assim desde ontem, Sô!!