terça-feira, 17 de abril de 2012

Trilha da imbecilidade

TRILHA DA IMBECILIDADE                                                                                                                                                             Por Zé Pí

Minas é um dos estados mais populosos do Brasil e “Minas são muitas.”
Mesmo entendendo bem a diversidade geo antropológica do meu Estado, não me passa despercebido os milhões de mineiros que são por conveniência imbecis ou naturalmente imbecis; de título de eleitor nas mãos, mas longe do cérebro cidadão, atentos muito mais às cervejas e churrasco do feriado, do que às urnas que determinarão os seus destinos.
Da contagem dos votos ao quase determinismo de morrer na fila do SUS ou atingido por uma bala perdida ou a ele dirigida, a distancia é microscópica considerada a importância de suas livres escolhas.
Não se sabe se cônscio do seu ato de votar ou não talvez revele a sua preferência por uma ditadura explicita de uma delegação de poder pelo voto manipulado por espertalhões.
As elites do saber político ou oportunistas de plantão sabem desse comportamento de imbecil e dele se valem mandatos após mandatos a se perpetuarem do Oiapoque ao Chuí.
Esses egoístas, solidários nem no câncer, somente quando seu ato mecânico e obrigatório de votar lhes dói no lombo, é que acordam e aí, Inês sepultada, repentinamente o seu cérebro letárgico em civismo reage e o faz abrir a boca, berrar montanha acima e montanha abaixo que todos da classe política são ladrões e incompetentes, mas, só a partir daí é que despertam e se transformam em Aristóteles, Césares e Maquiavéis.
Nas próximas eleições haverá votos livres e encabrestados, pelos mesmos laçadores de sempre; do lacerdismo carioca à imprensa do aércismo das gerais, já de há muito se faz notar; dos microfones da Serra do Curral aos esgotos do Congresso, como se o tal pretendente do Leblon pudesse se despir da mortalha empoeirada do digno avô e andar altaneiro e reto rumo ao palácio da Alvorada, incólume como indicam os bons exemplos dessas montanhas do alferes.

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