quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Jogo inteligente do CFC

            Se a Sexta Economia do Mundo Capitalista é o Brasil, ela é movida pelo jogo do consumo. Façamos então o jogo inteligente e saudoso, digo saudável.
Saudável para o seu bolso, cabeção e cabeçonas!
Jogo que não te irrite, deprima ou enlouqueça com a poluição de cartões e boletos, jogados no seu campo de jogo. Vale ficar louco, sim, pelo jogo do seu time. Desculpe, já ia me esquecendo, se gostar, inclua as mulheres, cervejas e mentiras nessas loucuras! Cartão amarelo na sogra traíra...Calaaada!
Não leve a sério os comentários de “economistas e comentaristas de  de futebol”. Os primeiros na grande maioria, chutam mal nos índices econômicos de suas previsões e outros nunca jogaram futebol e dizem cada uma...E então: Cala a boca Fulanão!
            No jogo do consumo, contra ou a favor da economia, observe com cuidado o mando de campo digo mercado, o que pode tornar o jogo mais ou menos sutil. Se você quer jogar na frente, olha a linha de impedimento antes de partir para o ataque  pra cima das ofertas!
            Procure entrar em campo como se já estivesse com um cartão amarelo, se pegar pesado, as taxas de juro te expulsam do campo.
Diante de uma vitrini sedutora não tenha vergonha de recuar, tocar para a linha de fundo e aguardar a melhor oportunidade. Sem falar que ao pisar na bola dos vencimentos, poderá ser vaiado e dedado no SERASA e SPC, mas se achar a punição exagerada não faça gesto obsceno. VÁ ao PROCON e até recorra ao SUPREMO. Tem uma história do garrincha, expulso em 62 lá no Chile  e no jogo seguinte lá estava jogando tranqüilo driblando mais um João!
Gosto do jogo inteligente do Saldanha no CFC! Assusta não, significa Consumo Futebol Clube que não faz buracos na sua camada de ozônio da sua CC ou poupança.
Os melhores momentos você escolhe:
 Liquidação na área! Você chega cedo, na frente, tal Claudio Gentile em 82 que comprou todas as ofertas e não deixou o galinho jogar e ainda rasgou a Amarelinha! Já campeões e para não perder clientes, os italianos nomearam Falcão Rei de Roma.
Milhagens? Êbaaaa, Olha o Tostão metendo o cotovelo na cara do Rivotril. Você sai voando igual ao Furacão de 70 contra os Tchecos.
Bônus? Evite os chutes por trás; as compras online e apartamento na planta até hoje fazem o jogo desonesto.
Mostre desinteresse por um produto e repentinamente lasque um contra ataque rápido, caneta entre as pernas do juro e quase à vista do gol, exija um bom desconto. Faça uma barreira com toda sua família e amigos na proteção do seu bolso. Um bom gerente cai sentado, refaz as contas e te estende a mão.
Você sai para o abraço.
O técnico do outro time vai mudar de tática “a gente erramos nisso daí e aí vamos levantar a cabeça o time está num crescente”. Você pega uma nota de grama, digo grana, sem cartão e passa o Natal e Ano Novo de carrão, zeradão, cheirozão e tancão  flex cheio.
-Foi um prazer negociar com vocês.
Quer mais? Vá jogar contra o IBIS!
            Tendo essa inteligência no jogo do consumo, olha você na cara do Oliver Kan, igual ao cascão, pentacampeão do mundo em economia e consumo, contribuindo para a produção e o emprego em todos os níveis; como nunca na história desse país;  assim ensinava certo Peão  ex-Presidente, Corintiano Louco e dos Bão, meu!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Carneirinho

O carneirinho                                

                       
                              
Junta-se ou sendo sincero, juntava-se a moçada da vizinhança, menina e menino, normalmente á tardinha depois da escola, pois não havia três turnos, e ficávamos lado a lado, de mãos dadas, formando uma cerca atravessada na rua e, um voluntário, ou voluntária, uns dez passos á frente, era o carneirinho.
A brincadeira tinha as seguintes regras:
 Oferecíamos guloseimas, coisas de comer que o carneirinho gostava e pulava para frente e quando não gostava, pulava com raiva, para trás e assim aproximava ou se afastava da cerca que se fechava assim que o bobinho não tinha mais chance de voltar.Começava assim: 
        -Carneirinho quer doce de leite?
        -Quééé.
        -Carneirinho quer goiabada?
        -Quéééé. Quéééé
        -Carneirinho quer jiló com pimenta?
        -Nééém.
        Pois é, já ia me esquecendo de dizer que na cerca havia simpatizantes ou não do carneirinho, daí o cardápio oferecido variava e muito.
        Mas, uma vez preso, o carneirinho tentava sair, mas era da regra não passar por baixo, nem saltar por cima; o certo era arrebentar a cerca. O carneirinho escolhia sempre onde ela parecia fraca, formada por braços e mãos de meninas com meninas e, uma vez livre, desembestava a correr e negacear para não ser pego, mas sempre era agarrado e quem o agarrasse era o próximo carneirinho.
        Quando a vez de ser carneiro caia para uma criança ela era agarrada muito rápido; menino ou menina grandes dava uma canseira arrebentar a cerca, ou correr e agarrar o carneirão. Compreensivos, os adultos, pai, mãe, tio, tia, brincavam com a gente e era comum, deixavam arrebentar a cerca ou serem agarrados mais facilmente pelas crianças.
        Os avós, no ocaso das forças físicas, ou por vergonha de velho, aplaudiam os netos e faziam observações rigorosas aos filhos:
-Esse fulano, ou fulana, parece que não cresce no miolo, só tem tamanho.
Ìamos dormir cansados, mas, famílias felizes, tendo sempre rezado o Santo Anjo do Senhor, dado e ganhado um beijo de boa noite.


sábado, 11 de fevereiro de 2012

Doidão Zé!

Pois é,
tem gente muito curiosa que não pode ver uma fila e chega sapeando, perguntando e acaba entrando e entrando bem:
Um cara até muito bem vestido estava com o ouvido colado num muro onde estava colado um cartaz de teatro "Gaiola das loucas". Pedia insistentemente que os presentes na fila ou não fizessem silencio e voltava a colocar a orelha no muro.A turma de curiosos pedia a vez e ele monopolizava o buraco no muro.
Depois de muito tempo acabou concordando em dar a vez.O sortudo digo abelhudo, pregou a orelha na muro e concentrou atenção para ouvir algo o que não ocorreu. Pediu silencio e depois de tanto tentar desistiu e reclamou do cara que lhe cedera a vez:
Ô meu, tô ouvindo nada, pô! E o cara diz:
Tá assim desde ontem, Sô!!
ki legal meu jacaré!!

Bicho e gente

Bicho e Gente
Zé Pí

Homem e bichos, ao longo da história tentam viver em harmonia; uns aprendendo com os outros e às vezes até dá certo e, tão certo que se têm uns pelos outros os mesmos sentimentos.
Santo Francisco disse que é amor. Mesmo!
Uns cantam para nós, outros nos encantam e outros nos amedrontam.Uns nos defendem e nos dão a própria vida.
Assim, homem, cachorro, cavalo, gato, boi, canário, galo, golfinho, camelo,
pato, papagaio, baleia, ganso, urubu e até peixinhos podem nos dar amor, carinho e companhia.
Todos, ao nosso lado, até se transformam e, até feras viram mansidão e paz: Orca, serpente, tigresa; outros em amizade sincera: Elefante, chimpanzé, porco, boi, camundongo. Transporte, calor, alimento, laser e até remédios eles podem nos dar.
Cachorro é especial. Filhotes de algumas raças trazem consigo a natureza em quatro patas, orelhas, focinho e rabo; e até um capetinha em forma de cachorro; corpo e alma, pura brincadeira, lambidas e travessura:

- Tininha, vai, vai, pega a bolinha!
- O filho da puta desfiou minhas meias de seda.
- O Roque tem o capeta no couro.
- Êbaaaa! Ganhei uma caçoinha pu...pu...pul...da.
- Ô cacete, não morde o meu calcanhar.
- Faça-me o favor de comer aqui! Na sala, não!
- Tô de saco cheio, te mando para Coréia e lá você é churrasco, né?
- Ô mãe, tira ele de cima da minha cama.
- Me dá um cheirinho, vai Tetéia.
- Cê mordeu a Cacá, seu viado?
- Olha o brinquedinho que eu trouxe pra você!
- Trepar na minha almofada, nem pensar, seu tarado!
- Olha aqui Trovão, amanhã eu volto no primeiro avião, tá?
- Vó, tira ele daqui, pelo amor de Deus!
- Ô fofinha, tudo tem limite, né?
- Manhê, ele mijou na minha mochila, não vou à escola!
- A doutora disse que a Fina tem um zoológico de lombrigas na pança.
- Eu quero é um cachorrão... Iguar o Coroné do Simplício.
- O Tião foi atropelado ontem, cara!
- Dizem que o crânio deles é pequeno e o cérebro muito grande...E dói muito!

Se você viu um Beagle branco e marrom por aí, é da Leinha o nome dele é Jardel. Ligue para o número 2517; a dona dele tem quatro anos, não come e tem febre desde que ele saiu correndo atrás dos pombos do parque Guilherme Lage.